sábado, 23 de abril de 2011

Julgamento - 2ª Sessão


Meus Amigos,
O Gnomo está em maus lençóis! Ao que parece há novas provas
que agora se juntam ao processo que comprometem de forma inequívoca aquele que até agora se assumia como vítima!
Mas antes de entrar propriamente no detalhe, deixem-me
que vos apresente um novo "amigo", até então totalmente anónimo.
É com especial gosto e regozijo que vos apresento o...Psoas Ilíaco! (Soas para os amigos). O Psoas é um bom companheiro mas tem problemas de identidade. Vive dividido entre a cabeça do fémur e a coluna. Como se pode ver na imagem é um amigo intimo.
No meio termo, aloja-se junto às partes protegido pela bacia. Ocasionalmente amua.
A poligamia trás-lhe inúmeros dissabores e de quando em vez, rompe com um dos seus dois amores. As rupturas são por principio dolorosas e levam tempo a sarar. Com o tempo as coisas passam e o Psoas faz as pazes com o preterido e volta tudo ao normal.
Dito isto, vamos ao que interessa. Como vos disse no início do post há novas provas que incriminam o Gnomo:

"Exibit" a):

Nos autos, o Gnomo afirmava que o calhau que o fez cair estava escondido e tinha a intenção de causar danos. Ora, como se pode ver, o calhau estava bem à vista e nem sequer se encontra dissimulado na terra como aqui foi anteriormente reportado!
Logo, nem há dolo nem negligência! O Gnomo pura e simplesmente...mentiu!!!

"Exibit" b)

Também nos autos, foi sugerido que a alegada vítima possui dotes de condução apurados e que frequentava com regularidade o local,
sendo profundo conhecedor dos caminhos da Vida Dura.
Mais acrescentava (e pode ser confirmado no primeiro post deste nosso espaço) que a Serra D´Arga era os seu habitat natural.
Mais uma vez...mentiu!!! Como se pode ver na imagem, logo após o suposto embate no calhau a roda da frente da viatura está claramente desalinhada com o normal sentido da marcha pressupondo que o Gnomo é um nabo e não sabe conduzir!
Na mesma imagem, é perfeitamente perceptível pela sombra do desajeitado que este, provavelmente inspirado pela viagem de avião efectuada há duas semanas, tentou voar. Logo, conclui-se que não só é culpado pela ausência de dotes de condução, como também se revela
um perfeito anormal por tentar voar. Toda a gente sabe que os
Gnomos não voam! Flutuam!!!
Por tudo isto, não hesitamos em afirmar que o Gnomo é culpado, sem hipótese de recurso.
De vítima passa assim a réu, sendo por isso condenado a um mês de detenção em cadeira de rodas com pena acessória de inibição de conduzir moto de enduro por um período nunca inferior a dois meses!
Se se verificar bom comportamento, admite-se a redução da pena de inibição de conduzir para um mês mas exclusivamente para moto de estrada!



segunda-feira, 18 de abril de 2011

Vamos a Julgamento

O caso opõe este vosso servo a uma pedra que inadvertidamente se atravessou à sua frente. Aqui será feita uma breve descrição do incidente o qual será posteriormente devidamente avaliado e julgado pelos jurados que no caso... são vocês!

Dos Autos:

Ao 17º dia do mês de Abril pelas 13.00 h o gnomo da escrita criativa circulava alegremente pelos caminhos da Serra D´Arga aos comandos de uma KTM 450 EXC na companhia de seu irmão e três amigos. O passeio, inseria-se nas já famosas jornadas da Vida Dura e realizou-se ao sol, em plena comunhão com a natureza.
Por volta do km 30 e após a transposição de algumas das trilhas romanas que atravessam a região, o Gnomo foi encontrado no chão, ao berros, agarrado à perna esquerda. A viatura em que se fazia transportar não apresentava danos de maior o mesmo não se podendo dizer do resto do equipamento. O capacete da marca Hebbo evidencia raspadelas profundas do lado esquerdo e a t-shirt revela rasgos acentuados não sendo de antever qualquer forma de recuperação.
Não há testemunhas uma vez que o último elemento que acompanhava o grupo circulava a cerca de 100 metros do local da ocorrência.

Dos factos:

De acordo com a perícia efectuada no local e na ausência de testemunhas fidedignas, apenas se pode concluir que o Gnomo caiu desamparado após embate violento numa pedra que tentou abandonar o local mas foi impedida pelos populares que entretanto se acercaram.
Confirma-se a ausência de danos na viatura e os estragos no capacete e demais equipamento. A pedra não apresentava qualquer escoriação embora evidencia-se afundamento na parte superior.
As medições efectuadas no local sugerem que o Gnomo circulava a velocidade média/alta e que a pedra se encontrava imóvel, parcialmente escondida na terra, provavelmente à espera do acidentado.

Do direito:

Tendo em conta que o Club adopta o código do direito penal americano e que como tal, baseia muitas das suas decisões na jurisprudência (in Código Penal do Club Vida Dura, Tomo 1, por João Luis Silva, ilustre jurista do Club) assume-se que o incidente é análogo ao ocorrido em Dezembro de 2009 no Algarve, pelo nosso Presidente Sir Pedro Barbosa. Na altura, o Presidente foi abalroado por um segundo interveniente, tendo sido projectado vários metros com consequente queda no solo. Do supracitado resultou fractura das costelas do Presidente e ligeira escoriações no outro interveniente. À data, não forma apresentadas testemunhas e não foi possível apurar quaisquer responsabilidades.
Em ambas as ocorrências apenas foi possível concluir que as vitimas circulavam em terra, a velocidade elevada e não apresentavam grandes dotes de condução.
A circulação em terra a confirmar-se é punida com pena de repreensão verbal e a velocidade, com pena de inibição de conduzir de 1 a 2 meses.
Já no caso da pedra e a verificar-se a manobra de diversão de ocultação em sub solo, a moldura penal aponta para dois caminhos.
Em caso de dolo, a pena pode de 1 ano de trabalhos forçados a destruição. Caso se conclua pela negligência, aplica-se pena leve de seis meses de trabalhos em prol da comunidade.
Face à matéria exposta cumpre agora aos jurados, a penosa tarefa de decidir em função dos autos reportados!

Declara-se aberta a audiência!

domingo, 10 de abril de 2011

Semanário da Campanha II





Meus Caros…

Que o Club não enjeita qualquer um dos elementos já toda a gente sabe! A terra é (e será sempre) o nosso espaço de conforto mas a água, o ar e até o fogo são igualmente opções válidas para o exercício das nossas actividades. Também não é segredo para ninguém que estamos em campanha e que por isso, temos dedicado muito do nosso tempo ao contacto directo com a população das terras mais recônditas do nosso Portugal. Na verdade, no último mês temos percorrido quilómetros e quilómetros do território Nacional, a auscultar as preocupações e angústias dos nossos associados. No ultimo post prometemos ir a Chaves e mais uma vez... cumprimos! Só que desta vez, tendo em conta a distância que nos separa do povo de Trás os Montes

abdicamos do "conforto" dos meios de transporte habitualmente utilizados e fomos de Pinguim. Bem sei que à primeira vista pode parecer um avião mas na verdade as características de voo inerentes ao aparelho assemelham-se mais às de um Pinguim do que de outra coisa qualquer. De facto, este belo Teco-Teco não voa. Aguenta-se!
E foi assim que com a graça da divina providência, subimos aos céus e rumamos a norte ao encontro do famoso pernil assado do restaurante Leonel. A viagem foi "duríssima" como devem imaginar. No Club não se facilita e vai daí, escolhemos o "pior" trajecto para acrescentar mais esta etapa ao nosso já extenso curriculum. Assim que o Pinguim venceu o primeiro desafio do dia e descolou, viramos para Entre-os-Rios ao encontro das águas do Douro. Uma vez aí chegados e após manobra exigente levada a cabo com mestria pelo nosso mais recente associado Luís K, rodamos a 45º e seguimos confiantes a apreciar a paisagem. Vida Dura! Chegar à Régua foi um sofrimento. Serpentear as encostas do vale do douro, a baixa altitude, em cima da água não é para qualquer um! Mas o Pinguim, tal como nós é duro! Ainda que debilitado, resistiu sem vacilar às tentativas de acasalamento de que foi alvo pelas inúmeras aves de rapina que a espaços reclamavam o território. Da Régua a Barca D´Alva, “nada de especial” a assinalar. A paisagem arrebatadora das arribas do Douro internacional deixou-nos a todos sem palavras e cheios de fome. Seguiu-se uma aterragem intensa no aeródromo de chaves e um pernil suculento que lentamente desossamos em amena cavaqueira. A altitude faz mal à garganta e como tal secamos uma garrafa de branco para repor os fluidos entretanto vertidos para uma garrafa de plástico em pleno voo. No regresso, passamos pelas terras do “inimigo” para averiguar a veracidade dos factos que o levaram a abandonar a liderança do Club. Numa passagem rasante pela tal propriedade de Montalegre
pudemos confirmar que o Careca estava em casa sem fazer nenhum. Antes de regressar à Maia ainda houve tempo para sobrevoar a mansão do Presidente no Gerês e...ponto final. Terminava assim um dia que fica para a história como um dos mais duros até hoje vividos pelos membros do Club. Domingo foi outro dia de luta. Mas sobre... isso falaremos mais lá para o fim da semana!



segunda-feira, 4 de abril de 2011

Semanário da Campanha

Meus Caros,
Estão abertas as hostilidades. A campanha está na rua!
Tal como prometido no post anterior, partimos para o terreno, ao encontro da população.
Desta feita, rumamos ao Sopo!
Num belo dia de sol reunimos a caravana na A28 e devidamente acompanhados pelo nosso Presidente escrevemos mais uma página da Vida Dura.
O cenário é desolador... As gentes do Sopo estão revoltadas!
A noticia do abandono do Careca da
liderança do grupo foi recebida com surpresa e indignação.
O sopo "chora" em uníssono!
Os apelos e apoios a uma recandidatura não param de
chegar ao Club.
Pelos vistos, e à semelhança do que ocorre noutras áreas
da vida política Nacional, não fazer nada é sinónimo de
sucesso. De facto, a observar-se uma derrota no próximo
acto eleitoral o mandato do Careca será mesmo lembrado como o mais "produtivo" dos últimos anos.
É que a Serra D´Arga está intacta e cada vez melhor!
Os caminhos continuam desfeitos, o mato cresce por todo o
lado e as chuvas do inverno tornaram ainda mais difíceis as
jornadas da vida dura.
É caso para dizer que "aqui há obra". Nos cerca de 60 km que percorremos pudemos constatar que... nada foi feito! O povo agradece e nós também.
A parte da manhã foi inteiramente dedicada a um levantamento exaustivo dos "piores" caminhos da região.
Saímos de Arga de S. João pelas 10 da manhã e rolamos até
Cerveira em ritmo de passeio.
Pelo meio, apenas alguns ajustes técnicos na moto do Presidente.
A manete do travão da frente insiste
em não colaborar. Aqui e ali, foi necessário o recurso a ferramenta técnica altamente especializada (no caso uma moeda de 50 cêntimos) para devolver à montada os atributos de excelência sobejamente demonstrados ao longo das ultimas épocas.
Uma vez chagados a Cerveira havia que superar o primeiro grande desafio do dia. É que as forças vivas da Vila brindaram-nos com um almoço de cabrito do outro mundo. Como mandam as regras, fizemos as honras da casa e em poucos minutos "despimos" o animal até aos ossos. Depois, "reflectimos" durante 10 minutos ao sol e voltamos à "estrada". Em sentido inverso, seguimos até ao ponto de partida a apreciar o legado do Zé Maria.
O final do dia foi reservado ao contacto directos com a população.
À chegada, esperava-nos uma comitiva chefiada pelo Sr. Octávio que sem papas na língua expôs ao Presidente as angústias dos Serra D´Arguenses. O Presidente ouviu atentamente e deixou uma palavra de esperança. Ganhe quem ganhar o próximo acto eleitoral, a Serra continuará a ser uma referência para o exercício da actividade do Club.
Na próxima semana regressamos à estrada. Ainda com o Sopo no coração, seguimos para Chaves para mais uma acção de campanha.
Em principio, tudo leva a crer que haverá jornada dupla. Sábado e Domingo serão por certo dias de actividade intensa para os membros do Club.
Até lá, despedimo-nos com um um forte e vigoroso...Viva ao Sopo!