quarta-feira, 3 de março de 2010

TransCosta 2010 – Stage 2 Chaves/Gerês – 180 Km


WET RACE!

As noites em Chaves são mais curtas! Foi tudo para a cama ás 10.30h e de repente já eram 8.00h da manhã! Toda a gente tentou meter uma “cunha” ao Sr. Costa mas em vão.
Ás 9.00h estava tudo pronto para arrancar. Tudo ou quase tudo porque o joelho do Henrique resolveu fazer das suas. O “Sir” Pedro Barbosa usou do estatuto real e meteu baixa. 4-0! Já só éramos 10.
Afinal aquela coisa dos alertas não era a brincar. O dia nasceu cinzento muito, muito escuro. O S. Pedro abriu as goelas e atirou-nos com um balde de água fria que parecia não ter fim! Nada que desmotivasse a caravana. Fatinho de chuva aprumado e toca a rolar.
Foi o dia mais extremo de toda a nossa carreira! O cenário que encontramos na Serra do Larouco era de cortar a respiração. A montanha desfazia-se em água que jorrava incessantemente. Aquilo que outrora eram caminhos de terra e pedras eram agora autênticos rios que desciam pelo monte abaixo. Até o nosso D. Quixote (Sr. Costa) viu a coisa mal parada. Pela primeira vez resolveu alterar o percurso. Mesmo assim não nos livramos de passar uma ribeira com água pelo depósito. Felizmente ninguém arreou e lá fomos “navegando” até Montalegre.
A chegada a Montalegre foi inesquecível. Entramos de rompante na Tasca do Açougueiro e tomamos conta da lareira. Era tudo a desfardar para secar a roupinha. A proprietária não tinha mãos a medir. De esfregona em punho tentava controlar a inundação. Nada feito. Conformada, atirou-se para a cozinha para nos dar de comer a todos. E em boa hora o fez. O cozido e as alheiras estavam “de campeonato”.
A muito custo lá saímos da tasca.

“ Ó MINHA ROSINHA EU HEI-DE TE AMAR, Ó MINHA ROSINHA…….”

Á tarde o S. Pedro desistiu. É preciso muito mais que um simples alerta alaranjado para deixar o grupo da vida dura a fazer contas de cabeça. Assim, o Santo meteu a “viola no saco” e brindou-nos com uma tarde mais amena. Não fosse um furo na montada do Manel S.G. tinha tudo corrido lindamente. Mas foi quase a chegar ao Gerês como tal nem foi preciso chamar o carro de apoio.
Para o João, Filipe e para os gémeos S. G. a dureza acabava ali. Para os restantes ainda havia uma prova final a superar. E que prova!!!
Depois de uma bela recepção na “casinha modesta” dos manos Barbosa que incluiu lareira XL a arder e uma grande jantarada, eis que surge em grande estilo um dos nossos anfitriões com aulas de "vira" e música a condizer.
De arrepiar! Custou-nos mais do que o frio, a chuva, o vento ou as dificuldades do percurso!
Ao som de uma voz estridente de uma saloia, a quem alguém algum dia cometeu a imprudência de dizer que sabia cantar como um rouxinol, era vê-los a rodopiar no meio da nobre sala que o saudoso Pai Barbosa mandou construir para conforto dos filhos! Um sacrilégio!
A ajudar à festa, o “Se Manel” fazia coro como se não houvesse amanhã!
Uns bebiam para esquecer, outros furavam os tímpanos…..enfim. Os afortunados do anexo fugiram a sete pés e recolheram à cama que o corpo pedia descanso.
E o dia chegou ao fim. Vida dura meus caros….vida muito dura!

5 comentários:

  1. Eu acho que só um alerta cor de rosa nos demovia!!!

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  2. Está mas é a arranjar os jericos que domingo é dia. O meu já solta gases normalmente!!!

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  3. Vida dificil Mano...dureza!!!!

    Abraço a todos aqui dos Africa.

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  4. Infelizmente não consegui enviar para a organização o video que realizei do nosso passeio, no entanto está disponivel no link abaixo para quem apreciar.

    http://www.youtube.com/watch?v=30Ow92F78fY

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  5. Ó Luis os trilhos são os mesmos, só não me lembro de teres levado uma camara no capacete!!

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